Nos últimos anos, a cannabis medicinal é alvo de estudos e debates intensos devido ao seu potencial terapêutico. Recentemente, um estudo conduzido pela Universidade Charles Darwin (CDU) trouxe novas descobertas que podem revolucionar o tratamento do câncer de pele, especialmente o melanoma.
De acordo com os pesquisadores da CDU, um extrato de cannabis conhecido como PHEC-66 mostrou resultados promissores no retardo do crescimento das células de melanoma. Além disso, registrou um aumento das taxas de morte celular programada. Esses efeitos são devido à capacidade da substância de se ligar a receptores específicos nas células cancerígenas. Desse modo, controlando seu crescimento e induzindo danos que levam à morte celular.
Essas descobertas não apenas ressaltam o potencial terapêutico da cannabis no tratamento do melanoma. Também apontam para a possibilidade de desenvolver técnicas de tratamento mais precisas e eficazes. E isso compreende melhor as respostas das células cancerígenas.
Cannabis pode revolucionar o tratamento do câncer
Apesar das controvérsias em torno do uso da cannabis para tratamentos médicos, os pesquisadores enfatizam que pesquisas futuras podem revolucionar o campo do tratamento do câncer. Eles destacam a necessidade de desenvolver sistemas de entrega direcionados às células de melanoma para garantir a eficácia e segurança contínuas desses agentes terapêuticos.
O professor Nitin Mantri, autor principal do estudo, ressalta que o próximo passo envolve estudos adicionais em animais ou ensaios pré-clínicos para validar a eficácia do extrato PHEC-66 no tratamento do melanoma e outros tipos de câncer. Ele destaca a importância de um acompanhamento a longo prazo para garantir a eficácia e segurança contínuas desse tratamento.
Essa pesquisa se soma a estudos anteriores que sugerem o potencial da cannabis no combate ao câncer e no alívio de uma variedade de condições de saúde, como ansiedade, epilepsia e dor crônica.